E o petróleo, vale a pena compRar agora?

Por Igor Olandim.

As principais casas de análise reforçam essa tendência: Goldman Sachs projeta média de US$55–56 para 2026, enquanto o Bank of America trabalha com US$60, alertando para risco de queda caso o excesso de oferta se intensifique. Barclays, por sua vez, estima US$66, considerando reversão dos cortes da OPEP+ até setembro.

Entre os fatores determinantes estão o equilíbrio entre oferta e demanda, decisões da OPEP+, estoques elevados, dólar forte e incertezas geopolíticas. Os riscos geopolíticos incluem tensões no Oriente Médio, possíveis sanções à Rússia, instabilidade no Irã e conflitos que possam afetar rotas estratégicas de transporte de petróleo. Qualquer escalada militar ou bloqueio de exportações pode gerar volatilidade e pressionar os preços para cima, mesmo em um cenário de excesso de oferta.

Por outro lado, há oportunidades para empresas e investidores que souberem se posicionar. Setores correlacionados, como petroquímica, podem se beneficiar de preços mais baixos, reduzindo custos operacionais.

Mas e as petroleiras? Nesse contexto, surge a dúvida: é hora de comprar PRIO, Brava e PetroReconcavo? 

O setor exige seletividade, e entre as opções, PRIO (PRIO3) se destaca como a preferência do mercado. A empresa apresenta ramp-up consistente, avanço do projeto Wahoo previsto para 2026 e sinergias relevantes com a aquisição em Peregrino. Além disso, possui baixa alavancagem e geração de caixa robusta, garantindo resiliência mesmo com Brent mais fraco.

Já Brava Energia (BRAV3) mostra evolução operacional, com produção recorde e redução do lifting cost, mas ainda enfrenta pressão de caixa devido a investimentos pesados em novos poços, cujo retorno só deve ocorrer no fim de 2026. Esse papel exige maior tolerância a risco e paciência. 

Por fim, Petro Reconcavo (RECV3) opera em um cenário mais desafiador, com menor escala e maior sensibilidade ao Brent. A empresa precisa manter eficiência em capex para sustentar resultados.

Em resumo, para quem busca exposição ao setor, PRIO é a escolha mais sólida, enquanto Brava e Petro Reconcavo podem gerar valor no médio prazo, mas exigem perfil mais arrojado. 

Minha sugestão para quem quer se posicionar em petróleo é entrada gradual, com PRIO como posição principal e participação menor nas demais, sempre monitorando riscos geopolíticos e decisões da OPEP+. Uma composição possível seria 50% PRIO, 25% Brava e 25% Petro Reconcavo, limitando a exposição ao setor a no máximo 15% da carteira, por se tratar de ações cíclicas com maior volatilidade.

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